Recontar a história significa mostrar a beleza de como a Marli fazia para criar vinculos nas reuniões que por vários motivos da época era difícil de viver e literalmente " engolir situações constrangedoras, que nos colocavam na ultima linha de cidadania da cidade de São Paulo. O jardim Angela era visto como o mais violento, onde se matava por qualquer motivo, lugar em que a miséria ressaltava aos olhos daqueles que vinham de outras regiões e se assustavam com a arquitetura e o jeito simples das pessoas.
Os caldos acalmavam os animos, fortaleciam guerreiros que caminhavam em defesa da vida todo dia de finados.
O Fórum em Defesa da Vida, unidades escolares como a EMEF OLIVEIRA VIANA, EMEF MARIO MARQUES DE OLIVEIRA... EMEF CAROLINA RENNO... EMEF ZACARIAS... todos no combate á violência. As igrejas, os comandantes da Policia Militar.
Foram ações que semearam muitas vitórias; a Base comunitária, o CEU GUARAPIRANGA, novas escolas pra região, inclusive esta, atividades no Clube da Turma que acolhiam as crianças para as mães poderem trabalhar...
O processo de revitalização, empoderamento das pessoas que moram aqui de que todos poderiam cursar a universidade. Sonhos que podiam se realizar, e hoje colhemos bons frutos destas ações. A rede Ubuntu não nos deixa mentir, que antigamente tinha outro nome. Era o cursinho realizado na EMEF Oliveira Viana aos sábados com professores voluntários! Quanta riqueza!
Daí continuamos aqui, reescrevendo a nossa história, fazendo com que mais crianças e jovens se apoderem da leitura e escrita, e principalmente dos seus direitos fundamentais para viver bem e atingir seus objetivos como ser humano e cidadão ativo.
Os estudantes da EMEF Marli Ferraz Torres Bonfim contam com uma patrona que provou que não basta ser uma advogada, ela promoveu uma educação de qualidade, com garantia de direitos na busca constante de aprendizados diversos, atendendo a todos e todas, O socorro era certo, o acolhimento era sua base.
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Professoras degustando caldos ( Sonia Caires, Tania e Lilian) |
Contar um pouco desta história nos possibilita e incentiva a ir mais além, que o trabalho da sala de aula possa se expandir com atividades organizadas dentro do projeto politico pedagógico, que emancipa pessoas, tornando-as capazes de questionar, melhorar e interferir na comunidade e no seu território.
Sabemos que ainda há muito pra ser feito! A cada dia outras injustiças são praticadas, é preciso do olhar atento, da escuta ativa e sensível para os mais enfraquecidos.
Que não haja mais intolerância!
O respeito, a gratidão, a esperança, a força e a coragem são algumas palavras que a Marli dizia e sempre ecoava nos corações dos mais machucados. Eramos uma corrente forte! Texto: Profª Sonia Caires
Receitas escritas pelos alunos dos 2ºs anos A- Profª Simone, 2º ano B Profª Lilian, 2º ano C Profª Edcassia
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Ler e escrever traz autonomia, fortifica a ação de ser cidadão |